Me conheço no desalinho de uma sequência programada. Exerço minhas tonalidades pálidas como uma orquestra desafinada, nunca acerto o tom, pois não o tenho.
Quantas formas se dão o tempo, estou atingida a meio tantos flagelos do que fui até aqui. Sempre fui resquícios, nunca inteira, nem tenho a pretensão de o ser.
Uma variável impetuosa, de verbos inacessíveis, tão complexos e perplexos , como o sentido das partículas que me compõem.
Essa exatidão de insanidade contida, se torna o fardo mais insuportável, e prazeroso... pois é... meus ideais não compartilhados, meus instintos, guardo-os com tamanha ignorância e egoísmo.
Minha mente afetuosamente exotérica, se intercala no extremo de cada visão.
A grámatica exposta de meus atos, são retratos do que não sei. Se os conhecessem me guardaria em silêncio. Na rua, sou oco... ando meio que a tropeçar tudo que achei que era. Minhas mãos são atadas, a mão estendida no chão soberbo , de solas do poder, me apunhala a sangrar-me o todo.
As paredes calejadas de tanta água a escorrer por entre seus vãos, vão aos poucos perdendo forma... saindo de sua essência, até as mãos torpes revesti-las de novas cores e horrores.
O quarto, abrigo extenso dos lamentos , vigília do meu corpo, repouso do espirito inquieto. Templo do não dito, viagem do desesperado. Suas paredes sólidas, lúdicas...pois nada é visualmente concreto, tudo se desfaz.
Embriago-me seja do que for, escrevendo uma a uma de linhas que não se tem inspiração, do cheiro do ópio que deixa confusa minha visão.
De onde vem a visão de toda contradição, de todo falha expressão. Trágica mente perdia comoção, da pluralidade que se pode ser a nação. No entanto se fazem sonâmbulos por opção. Ou não.
Tirem-me daqui a moral que se dão, tirem-me o que já não tenho... tirem-me toda ci~encia como explicação. Tirem-me a mesa pronta não quero um lugar lá.
"meus ideais não compartilhados, meus instintos, guardo-os com tamanha ignorância e egoísmo"...
ResponderExcluirDos meus, guardo ideais, e libero meus instintos! Exatamente para não ter um "lugar à mesa!"
Estravagante o texto, sua cara!! hahaha
bjo