Nos tremores daquele dia fatigante, o equilibrista , com seus pés descalços , calejados , entrelaçados a imundice daquele dia infrutífero...implorava em seus íntimos desejos, que a corda derramada sobre o palco, fosse arrebentada...
Corte as cordas, deixem-me cair ...sussurava, quase num gemido deplorável. O silêncio diante do suplicio devastador, repletos de lamento do ignorado quebrou-se.
Corte as cordas, deixem-me cair ...sussurava, quase num gemido deplorável. O silêncio diante do suplicio devastador, repletos de lamento do ignorado quebrou-se.
Logo o instante de penúrias do silêncio ensurdecedor, fora violado.
Os risos do palhaço agora, se faziam palavras ditas, era tudo que se fazia, a sonoridade soava como desespero incontido , ao espectador...
Em segundos, o todo era nada, e de nada em nada...Com tudo, a corda fora desfazendo-se... seus pés que sempre teve onde se equilibrar, agora eram apenas um ato sem destino...
As portas perceptivas foram libertadas, no entanto o que restou-lhe é o vento lá fora...
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