Estagnado em minha cama, era o primeiro trago do dia. Cinzas e brasas se perdiam entre os meus dedos e minha dor.
Me perdia entre sonhos irreais (ou reais), meus instintos consumiam, precisava embriagar-me para expandir meus sentidos. A realidade parecia-me pertubadora, o meu Eu destruido em meio as coisas.
Tudo perdia forma, tudo tendia a fome, Eu era um passo indesejado, um ato falho, na sede de ser, maldita ânsia sem fim.Precisava de algo nas mãos, algo que nunca poderiam me ceder, nem o fulgor de minhas entranhas me faziam enchergar diante do espelho embaraçado, não consigo pintar o que sou, o que fui ou o que serei.
Levantei-me e lavei o rosto, parecia que a água que em minha face escorria, levassem minahs faces, e o que me restava era o choque entorpecedor, entre eu , comigo memso.
Duas , três, quantas almas cabe em você? Minhas liras, minhas iras, destorcidas em minhas almas tão infindas e tão sozinhas.
Eis que a face, a cada face, muitas aspas e espaços, muitos Eu's insaciáveis.
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